ALTERNATIVAS NO MERCADO DE TRABALHO: OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Comentei em outro texto sobre o mito criado em torno do concurso público como forma de garantir o futuro. Hoje pretendo discutir outras alternativas utilizadas pelas pessoas.
. A escolha “clássica” seria estudar, porque isso garantiria o futuro de qualquer pessoa. Se foi assim um dia, hoje não é mais. As máquinas, atualmente, substituem milhares de trabalhadores na produção. O trabalhador tornou-se descartável. O sindicato perdeu o sentido.
Com a revolução tecnológica e o desemprego estrutural, a elite capitalista passou efetivamente a dar as cartas do jogo em todo o mundo, expulsando as pessoas dos seus empregos e de suas casas tanto em países ricos como em países pobres.
Deixou de representar estabilidade econômica aquilo que antes parecia um caminho certo: fazer uma boa faculdade, ter mestrado e doutorado. Isso vale tanto para a França, o Japão, a Nigéria ou o Brasil. Alguns ainda dão o nome de globalização para esse processo.
. Uma segunda alternativa, também considerada “clássica”, seria a poupança. Bastaria guardar um pouco de “suas economias” no banco para, posteriormente, na época das “vacas magras”, ter um futuro garantido. Isso sempre foi um mito.
No Brasil e na Argentina, os governos simplesmente confiscaram o dinheiro da população. Tudo que a pessoa havia poupado – até durante toda a vida – de uma hora para outra, por decreto do Estado, desaparecia da sua conta bancária como num passe de mágica.
Outros países, com as crises dos bancos internacionais, passaram por processos semelhantes. O resultado tornou-se simples: não dá para confiar nem nos bancos nem nos governos se a intenção seria obedecer as regras para garantir o futuro
. A terceira alternativa é relativamente recente e recebeu o nome de “empreendedorismo”. A jogada mais óbvia seria o trabalhador pedir “demissão voluntária”, pegar o seu dinheiro e abrir uma pequena empresa.
Ou seja, seria o sonho de deixar de ser empregado e virar patrão. Sonho seria também a palavra adequada, pois, de acordo com o SEBRAE, mais de 90% das pessoas que buscam essa alternativa pedem falência em menos de dois anos.
O cenário, para quem não faz parte da da elite, não é animador. Muitos diriam: “certo, mas vai se vivendo...” É verdade mas...
...onde? na rua? pagando aluguel? em imóveis financiados a longo prazo?
...como? sem ansiedade quanto a possibilidade de perder o emprego? sem ansiedade quanto ao futuro da pequena empresa? abandonando o sonho de concluir o curso universitário? ouvindo um pedido de divórcio após uma longa relação que deveria “ser para sempre”?
Em resumo, a pessoa pode avaliar o seu nível de ansiedade pela sua facilidade ou não de ter um sono tranquilo e saudável toda noite.
Comentei em outro texto sobre o mito criado em torno do concurso público como forma de garantir o futuro. Hoje pretendo discutir outras alternativas utilizadas pelas pessoas.
. A escolha “clássica” seria estudar, porque isso garantiria o futuro de qualquer pessoa. Se foi assim um dia, hoje não é mais. As máquinas, atualmente, substituem milhares de trabalhadores na produção. O trabalhador tornou-se descartável. O sindicato perdeu o sentido.
Com a revolução tecnológica e o desemprego estrutural, a elite capitalista passou efetivamente a dar as cartas do jogo em todo o mundo, expulsando as pessoas dos seus empregos e de suas casas tanto em países ricos como em países pobres.
Deixou de representar estabilidade econômica aquilo que antes parecia um caminho certo: fazer uma boa faculdade, ter mestrado e doutorado. Isso vale tanto para a França, o Japão, a Nigéria ou o Brasil. Alguns ainda dão o nome de globalização para esse processo.
. Uma segunda alternativa, também considerada “clássica”, seria a poupança. Bastaria guardar um pouco de “suas economias” no banco para, posteriormente, na época das “vacas magras”, ter um futuro garantido. Isso sempre foi um mito.
No Brasil e na Argentina, os governos simplesmente confiscaram o dinheiro da população. Tudo que a pessoa havia poupado – até durante toda a vida – de uma hora para outra, por decreto do Estado, desaparecia da sua conta bancária como num passe de mágica.
Outros países, com as crises dos bancos internacionais, passaram por processos semelhantes. O resultado tornou-se simples: não dá para confiar nem nos bancos nem nos governos se a intenção seria obedecer as regras para garantir o futuro
. A terceira alternativa é relativamente recente e recebeu o nome de “empreendedorismo”. A jogada mais óbvia seria o trabalhador pedir “demissão voluntária”, pegar o seu dinheiro e abrir uma pequena empresa.
Ou seja, seria o sonho de deixar de ser empregado e virar patrão. Sonho seria também a palavra adequada, pois, de acordo com o SEBRAE, mais de 90% das pessoas que buscam essa alternativa pedem falência em menos de dois anos.
O cenário, para quem não faz parte da da elite, não é animador. Muitos diriam: “certo, mas vai se vivendo...” É verdade mas...
...onde? na rua? pagando aluguel? em imóveis financiados a longo prazo?
...como? sem ansiedade quanto a possibilidade de perder o emprego? sem ansiedade quanto ao futuro da pequena empresa? abandonando o sonho de concluir o curso universitário? ouvindo um pedido de divórcio após uma longa relação que deveria “ser para sempre”?
Em resumo, a pessoa pode avaliar o seu nível de ansiedade pela sua facilidade ou não de ter um sono tranquilo e saudável toda noite.