REJEITADOS
Charles Bukowski procurava se consolar afirmando que pelo menos não morava na rua e que podia beber a sua cerveja em casa sem ter contato com as pessoas. Ele sabia que nem todo mundo poderia ter tais privilégios.
Para muitos, Charles Bukowski era visto como um rejeitado e um perdedor que só falava mal da sociedade. Ele era, na prática, o avesso da maioria alienada, daquilo que ela deseja (acúmulo de bens materiais) e acredita que (um dia) conseguirá no sistema capitalista.
OK. Em primeiro lugar, toda pessoa é rejeitada pela vida ao nascer na medida em que a sua única certeza é a morte. Dizer que o outro é um rejeitado representa a própria incapacidade de olhar no espelho.
Em segundo lugar, para quem não nasceu entre a elite mundial (os famosos 10% da população), restaria poucas e problemáticas alternativas para acreditar que o futuro poderia ser melhor, como:
. estudar;
. poupança;
. empreendedorismo e
. concurso público.
O cenário, para quem não faz parte da tal elite, não é animador. Muitos diriam: “certo, mas vai se vivendo...” Voltamos aqui ao exemplo do início do texto: Charles Bukowski. Em outras palavras, pelo menos ele tinha uma casa para morar.
Charles Bukowski procurava se consolar afirmando que pelo menos não morava na rua e que podia beber a sua cerveja em casa sem ter contato com as pessoas. Ele sabia que nem todo mundo poderia ter tais privilégios.
Para muitos, Charles Bukowski era visto como um rejeitado e um perdedor que só falava mal da sociedade. Ele era, na prática, o avesso da maioria alienada, daquilo que ela deseja (acúmulo de bens materiais) e acredita que (um dia) conseguirá no sistema capitalista.
OK. Em primeiro lugar, toda pessoa é rejeitada pela vida ao nascer na medida em que a sua única certeza é a morte. Dizer que o outro é um rejeitado representa a própria incapacidade de olhar no espelho.
Em segundo lugar, para quem não nasceu entre a elite mundial (os famosos 10% da população), restaria poucas e problemáticas alternativas para acreditar que o futuro poderia ser melhor, como:
. estudar;
. poupança;
. empreendedorismo e
. concurso público.
O cenário, para quem não faz parte da tal elite, não é animador. Muitos diriam: “certo, mas vai se vivendo...” Voltamos aqui ao exemplo do início do texto: Charles Bukowski. Em outras palavras, pelo menos ele tinha uma casa para morar.