TRÊS ALTERNATIVAS NO MERCADO DE TRABALHO
O marco da passagem do jovem para a vida adulta é quando ele entra na faculdade. Após esse período, resta-lhe basicamente três alternativas para entrar no mercado de trabalho: arrumar um emprego com carteira assinada; concurso público ou empreendedorismo.
A primeira opção é a mais comum e a mais arriscada, afinal, numa época do discurso de eficiência e produtividade baseado no avanço tecnológico, a possibilidade de ficar desempregado é grande.
A segunda alternativa é bastante atual e reflete a insegurança quanto ao emprego na era do neoliberalismo. Fazer concursos públicos significa buscar estabilidade e segurança. Entretanto, os jovens esquecem que, no capitalismo, em nome da acumulação de riqueza, tudo pode mudar, mesmo no caso das garantias conquistadas pelos funcionários públicos e pelos aposentados. Um exemplo pode ser visto na Grécia que, diante da crise financeira, os governantes tiveram que mudar (para baixo) os índices que pareciam absolutos aos olhos da classe trabalhadora.
A terceira alternativa não parece ser a opção mais comum dos universitários. A razão é simples: não é necessário ter um curso superior para ser um empreendedor. A qualificação ajuda, claro, mas existem alternativas mais baratas, direcionadas e rápidas, como os cursos técnicos ou mesmo os cursos e as consultorias do SEBRAE. O problema aqui é que o jogo capitalista seria para “gente grande”, ou seja, em menos de dois anos a grande maioria decreta falência.
Ideologicamente, nas duas primeiras alternativas, voltar ao começo de tudo significa uma sensação individual de fracasso e de incompetência. Parece que o erro estaria no indivíduo e não na estrutura do modo de produção capitalista.
O fracasso da terceira escolha, claro, leva ao descrédito quanto ao governo e ao futuro porque o Estado, na prática, pode alterar as leis (ver a situação dos funcionários públicos e aposentados na Grécia), confiscar o dinheiro da população nas contas bancárias (ver o Plano Collor) e “maquiar” os índices oficiais no sentido de prejudicar os trabalhadores (ver a realidade atual da Argentina ou da Venezuela).
Diante de tudo isso, o futuro aparece como um cenário incerto (aliás, nunca foi sinal de certeza) e de grandes dificuldades para a maioria. É verdade. Resta, portanto, viver o aqui e o agora. Planejar é saudável. Acreditar é uma escolha. O que não seria adequado seria trocar a realidade pela ilusão e começar a viver numa fantasia de um mundo em que não existiriam coisas como violência, miséria, exploração, ideologia, frustração, inveja, concorrência desleal, entre tantos outros adjetivos usados para explicar a humanidade no contexto atual.
O marco da passagem do jovem para a vida adulta é quando ele entra na faculdade. Após esse período, resta-lhe basicamente três alternativas para entrar no mercado de trabalho: arrumar um emprego com carteira assinada; concurso público ou empreendedorismo.
A primeira opção é a mais comum e a mais arriscada, afinal, numa época do discurso de eficiência e produtividade baseado no avanço tecnológico, a possibilidade de ficar desempregado é grande.
A segunda alternativa é bastante atual e reflete a insegurança quanto ao emprego na era do neoliberalismo. Fazer concursos públicos significa buscar estabilidade e segurança. Entretanto, os jovens esquecem que, no capitalismo, em nome da acumulação de riqueza, tudo pode mudar, mesmo no caso das garantias conquistadas pelos funcionários públicos e pelos aposentados. Um exemplo pode ser visto na Grécia que, diante da crise financeira, os governantes tiveram que mudar (para baixo) os índices que pareciam absolutos aos olhos da classe trabalhadora.
A terceira alternativa não parece ser a opção mais comum dos universitários. A razão é simples: não é necessário ter um curso superior para ser um empreendedor. A qualificação ajuda, claro, mas existem alternativas mais baratas, direcionadas e rápidas, como os cursos técnicos ou mesmo os cursos e as consultorias do SEBRAE. O problema aqui é que o jogo capitalista seria para “gente grande”, ou seja, em menos de dois anos a grande maioria decreta falência.
Ideologicamente, nas duas primeiras alternativas, voltar ao começo de tudo significa uma sensação individual de fracasso e de incompetência. Parece que o erro estaria no indivíduo e não na estrutura do modo de produção capitalista.
O fracasso da terceira escolha, claro, leva ao descrédito quanto ao governo e ao futuro porque o Estado, na prática, pode alterar as leis (ver a situação dos funcionários públicos e aposentados na Grécia), confiscar o dinheiro da população nas contas bancárias (ver o Plano Collor) e “maquiar” os índices oficiais no sentido de prejudicar os trabalhadores (ver a realidade atual da Argentina ou da Venezuela).
Diante de tudo isso, o futuro aparece como um cenário incerto (aliás, nunca foi sinal de certeza) e de grandes dificuldades para a maioria. É verdade. Resta, portanto, viver o aqui e o agora. Planejar é saudável. Acreditar é uma escolha. O que não seria adequado seria trocar a realidade pela ilusão e começar a viver numa fantasia de um mundo em que não existiriam coisas como violência, miséria, exploração, ideologia, frustração, inveja, concorrência desleal, entre tantos outros adjetivos usados para explicar a humanidade no contexto atual.