IDADE: CHEGA PARA TODOS
No modo de produção capitalista, as pessoas existem entre os 20 e os 40 anos – por motivos óbvios (produtivos) e ideológicos (ingênuas e sonhadoras). Crianças, adolescentes, velhos, loucos e doentes nunca interessaram ao capitalismo. Havia, no início, até leis que puniam com tortura e pena de morte todos aqueles que não eram úteis na produção (ver o “O Capital” do Marx ou, numa outra perspectiva “A História da Loucura” de Foucault).
No ponto de vista individual, criança e adolescente não possuem muitas escolhas: dependem das circunstâncias, ou seja, das famílias e dos lugares em que vivem.
Os que passam dos 40, se houvesse alguma “lógica do capital”, deveriam ser simplesmente eliminados – mortos, descartados, não necessariamente de uma maneira desagradável ou punitiva – na medida em que não interessariam mais ao modo de produção.
Isso não acontece. Tratam os pós-40 anos de um jeito que seria melhor que não existissem. Quanto mais o tempo passa, pior a situação. Muitos diriam que não seria assim. Por favor. Provavelmente são os mesmos que pintam os cabelos ou fazem inúmeras cirurgias plásticas para NÃO parecer que passaram dos 40 anos. Não percebem que tornaram-se caricaturas do que foram antes.
Outros diriam que esses indivíduos não teriam alternativa. Talvez seja verdade. Ser descartado do seu grupo ainda em vida não seria algo simples. Neste ponto de vista, não eliminar fisicamente aqueles que não servem mais (ideologicamente) ao capitalismo seria só mais uma maldade dos donos da produção.
De qualquer maneira, o tal momento chega para todos: 40 anos. Não precisam ser exatos, trata-se mais de um símbolo, de um marco quando as coisas começam a mudar e todos começam a ver essas pessoas de uma maneira diferente.
Mais de 40 anos e ainda vivo. O suicídio não é para qualquer um. Se fosse fácil, um terço da população mundial, provavelmente, não estaria mais neste planeta.
Então. Mais de 40 anos e ainda vivo. Uma ideia interessante seria cair a ficha: a próxima etapa é a morte. Logo, a partir dela, deveriam ser estabelecidos critérios de como os últimos anos (ou décadas) poderiam ser vividos de uma maneira melhor, mais tranquila, afinal, os indivíduos tiveram experiências durante 40 anos para saber o que seria bom ou não. O momento de desfrutar desse conhecimento seria esse.
Muitos não concordam. Preferem as ilusões e ter a qualquer momento um AVC ou um ataque cardíaco. Esses “esquecem” que a vida depende de um corpo material e, no caso deles, as peças foram bem gastas durante 40 anos!! Parecer que tem 20 anos por fora (botox, silicone e plásticas em geral) não significa desconsiderar que as “peças internas” do corpo foram gastas e nem sempre podem ser substituídas.
As pessoas desse grupo ainda lutam bastante para ter mais dinheiro, mais bens materiais e mais poder. Esquecem que seria perda de tempo pois a morte é o ponto final para todos. Esquecem de exemplos como Saddam Hussein, Hugo Chávez ou Muammar Gaddafi. Apesar de tudo, é uma escolha e deve ser respeitada.
No meu ponto de vista, a problemática central não seria só saber como morrer. O importante seria saber também como viver os últimos anos antes da despedida final deste planeta.
No modo de produção capitalista, as pessoas existem entre os 20 e os 40 anos – por motivos óbvios (produtivos) e ideológicos (ingênuas e sonhadoras). Crianças, adolescentes, velhos, loucos e doentes nunca interessaram ao capitalismo. Havia, no início, até leis que puniam com tortura e pena de morte todos aqueles que não eram úteis na produção (ver o “O Capital” do Marx ou, numa outra perspectiva “A História da Loucura” de Foucault).
No ponto de vista individual, criança e adolescente não possuem muitas escolhas: dependem das circunstâncias, ou seja, das famílias e dos lugares em que vivem.
Os que passam dos 40, se houvesse alguma “lógica do capital”, deveriam ser simplesmente eliminados – mortos, descartados, não necessariamente de uma maneira desagradável ou punitiva – na medida em que não interessariam mais ao modo de produção.
Isso não acontece. Tratam os pós-40 anos de um jeito que seria melhor que não existissem. Quanto mais o tempo passa, pior a situação. Muitos diriam que não seria assim. Por favor. Provavelmente são os mesmos que pintam os cabelos ou fazem inúmeras cirurgias plásticas para NÃO parecer que passaram dos 40 anos. Não percebem que tornaram-se caricaturas do que foram antes.
Outros diriam que esses indivíduos não teriam alternativa. Talvez seja verdade. Ser descartado do seu grupo ainda em vida não seria algo simples. Neste ponto de vista, não eliminar fisicamente aqueles que não servem mais (ideologicamente) ao capitalismo seria só mais uma maldade dos donos da produção.
De qualquer maneira, o tal momento chega para todos: 40 anos. Não precisam ser exatos, trata-se mais de um símbolo, de um marco quando as coisas começam a mudar e todos começam a ver essas pessoas de uma maneira diferente.
Mais de 40 anos e ainda vivo. O suicídio não é para qualquer um. Se fosse fácil, um terço da população mundial, provavelmente, não estaria mais neste planeta.
Então. Mais de 40 anos e ainda vivo. Uma ideia interessante seria cair a ficha: a próxima etapa é a morte. Logo, a partir dela, deveriam ser estabelecidos critérios de como os últimos anos (ou décadas) poderiam ser vividos de uma maneira melhor, mais tranquila, afinal, os indivíduos tiveram experiências durante 40 anos para saber o que seria bom ou não. O momento de desfrutar desse conhecimento seria esse.
Muitos não concordam. Preferem as ilusões e ter a qualquer momento um AVC ou um ataque cardíaco. Esses “esquecem” que a vida depende de um corpo material e, no caso deles, as peças foram bem gastas durante 40 anos!! Parecer que tem 20 anos por fora (botox, silicone e plásticas em geral) não significa desconsiderar que as “peças internas” do corpo foram gastas e nem sempre podem ser substituídas.
As pessoas desse grupo ainda lutam bastante para ter mais dinheiro, mais bens materiais e mais poder. Esquecem que seria perda de tempo pois a morte é o ponto final para todos. Esquecem de exemplos como Saddam Hussein, Hugo Chávez ou Muammar Gaddafi. Apesar de tudo, é uma escolha e deve ser respeitada.
No meu ponto de vista, a problemática central não seria só saber como morrer. O importante seria saber também como viver os últimos anos antes da despedida final deste planeta.